segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A PROPÓSITO DO "TASSE BEM"

Entre outras insuficiências de menor importância, deixem-me enumerar a insuficiência respiratória, a insuficiência renal e a insuficiência cardíaca. Insuficiências de abusos antigos e dos quais todos temos que pagar as favas. Depois destas insuficiências contritas e pagas (a muito custo, diga-se de passagem) e depois da insuficiência na clicada mal dada, e perante a insistência do administrador do blogue, aqui segue um comentário à postagem do cantinho da chaminé.
São cinco os intervenientes. A saber:
Chico Manel (este com especial responsabilidade no texto)
Chico fadista, filho dum velho companheiro do escriba destas linhas e também sobrinho de leite (ele compreenderá o que quero dizer).
O Maurício, que, por absoluto acaso, não está com a tocha nos queixos. Até parece estar um pouco alheado do que se está passando. Talvez esteja pensando na morte da bezerra. É que estes tipos de Juromenha são assim porque assim são. Ponto final.
Dino, de cachené moina ao pescoço, dedos e arte inteiramente dedicados à viola, e ar interrogador perante o cantador de serviço.
Finalmente, a Voz. O Manel Augusto. Pois quem havia de ser?!
Outros intervenientes houve, embora não constem da foto, e que na ânsia de trazer melhor iluminação, quase desequilibraram a balança. Desses falaremos noutra altura se, para tanto, houver pachorra e ocasião.
Apenas uma palavra mais para a madre que sustenta o pano de tijolo da chaminé. Aquela madre deve ter assistido a muitas cenas – boas e más – ao longo dos anos que já leva de espreita.

Estamos no monte da Fonte Santa, ali mesmo naquela curva apertada, a seguir ao Campo de Experiências, entre o Alandroal e Terena. E estes são os factos. Agora, apresentados que estão os circunstantes, com o devido respeito, e o conhecimento que temos dos mesmos, atrevemo-nos a ir um pouco mais além.
Assim foi o diálogo. E se não foi, poderia ter sido.
-          Dino – “Vê lá se acertas com o que queres cantar porque eu não estou para aturar as tuas merdas”
-          Manel Augusto – “Olha.... tens razão. Experimenta aí o lá menor!”

E foi assim que ao fim de várias tentativas, todos ouviram o fado que o Dino e o Manel Augusto, interpretam como mais ninguém: “OS TEUS OLHOS SÃO OS TAIS”

Dum amigo do pêto

5 comentários:

Anónimo disse...

Ao cuidado do escriba...

Entre outras insuficiências
Primeiro vem a respiratória,
A renal também faz história
E mais outras deficiências.
Depois das reticências...
Cheguei a esta conclusão:
Escriba ao estilo «regatão»
A roer-se por cá não estar...
Resolve então escrevinhar
E matar saudades ao serão.

Poeta Vadio

Anónimo disse...

ao Poeta Vadio

isso é que é pontaria

e que bela décima

isto pode dizer-se no singular?

Anónimo disse...

Isto é que vai aqui uma açorda!

francisco tátá disse...

Isso foi logo no fim de festa!

Helder disse...

MANEL
e como um dia me disseste "AO MEU AMIGO DO PEITO"

OS TEU OLHOS SÃO OS TAIS
poemas deste meu canto
diferente dos olhos mais
para mim cheios de encanto

OS TEUS OLHOS SÃO OS TAIS
e é por eles que te sigo
entre supiros e ais
na ansia de estar contigo

OS TEUS OLHOS SÃO OS TAIS
que fazem chorar os meus
de noite sâo os meus ais
de dia tormentos meus

OS TEUS OLHOS SÃO OS TAIS
que toda a vida segui
minhas saudades mortais
são restos de amor por ti.

Com um abraço
Helder